domingo, 27 de setembro de 2009

Cenografia e o cenário virtual

Nas gravações de programas de TV, um grande número de objetos ajudam a compor a cena, formam o cenário de um programa. Na era da evolução tecnológica, a informatização trouxe os cenários virtuais gerados por equipamentos de altíssimo valor e há ainda o velho truque do fundo de cromaKey ou ainda bluescreem para compor um cenário.
Nas grandes emissoras de TV e produtoras, a organização, conservação e armazenamento destes objetos é função do departamento de contra-regra que trabalha em conjunto com o departamento de cenografia.
Na Rede Globo, este está numa área de 14 mil metros quadrados e possui 25 mil peças. No SBT são 70 mil itens guardados em 2,5 mil metros quadrados.
A informatização começa a chegar nas emissoras, que pretendem catalogar e organizar melhor estes objetos.
Em muitos lugares o trabalho é baseado na boa memória e na organização individual dos contra-regras que cuidam de seus programas.
Algumas emissoras estão usando softhouses para produzir programas/aplicativos específicos que lhe ajudem na elaboração da cenografia e conseqüentemente na iluminação. Devemos lembrar que hoje a maioria das produções está sendo feita em HD e esta não perdoa as imperfeições. Ela fará as produções de hoje, sem HD, se parecerem com as produções da década de 70.

Cenários Virtuais

Os cenários virtuais são sistemas que permitem integrar apresentadores ou atores a ambientes criados em computador por softwares 3D. O processo é uma evolução do chroma-key, uma técnica há muito tempo conhecida e aplicada na produção de vídeos.
No vídeo, todas as cores são formadas pela mistura do vermelho (red/R), verde (green/G) e azul (blue/B). Quando a luz entra na câmera é dividida em três feixes. Todas as cores da imagem são decompostas em informações de RGB, que depois serão combinadas para reconstituir as cores originais. É possível substituir uma determinada cor por um sinal de vídeo qualquer. Por exemplo: num ambiente vazio, de uma única cor (geralmente azul ou verde), por onde circula um apresentador, o fundo monocromático (background) pode ser substituído por imagens geradas por computador ou outras quaisquer. Assim funciona o efeito visual chamado chroma-key.
No entanto, há uma limitação.
Essa técnica não permite que as câmeras sejam deslocadas, pois o fundo não se move.
Os sistemas de cenários virtuais resolveram esse problema. Com a combinação de múltiplas tecnologias, os apresentadores ou atores podem se mover ao redor dos objetos e as câmeras podem se deslocar livremente, pois o background modifica-se de maneira coerente aos movimentos das câmeras. Para tanto, é necessário “informar” o sistema quando e como as câmeras se movimentam. Isso é possível graças à tecnologia de camera tracking que através de algum tipo de referência detecta a movimentação da câmera. Os métodos de camera tracking variam de fabricante para fabricante e de produto para produto.
Os sistemas de cenários virtuais representam uma grande economia de tempo, espaço, mão-de-obra e materiais. Os cenários reais ocupam quase sempre muito espaço e precisam ser montados e desmontados. Os cenários virtuais estão imediatamente disponíveis e um mesmo espaço físico pode abrigar inúmeros “cenários

sábado, 12 de setembro de 2009

SET Sudeste 2009 - Parte 2

Você não acreditou que com tanta tecnologia, eu me amarraria só em produtos de iluminação? está bem. Eu fiquei de olho nos equipamentos de multivisão, os multiviewers.
Estes seguem a tendência de substituir os grandes e pesados monitores de CRT, por monitores de LCD, associados a spliters de sinal de vídeo., o que forma a concepção de multivisão. Com eles um monitor de 17" ou 19" pode ser dividido em pelo menos 4 telas, tornado mais compacto o ambiente de trabalho, principlamente em atividades externas, como unidades móveis e unidades portáteis de produção. Esta concepção leva em conta além da melhora na visualização, a economia de energia gasta com o equipamento em si e com a questão do ar condicionado, exigindo menores geradores de energia, ganhando autonomia e confiabilidade final.
A mineira Datasinc apresentou na feira, uma unidade móvel, montada numa Fiat Ducatto, com este conceito. Ficou muito prático o ambiente de trabalho.
A crescente informatização dos equipamentos, onde cada vez mais CPUs especializadas vem substituindo os antigos equipamentos consumidores de energia, estão levando os ambientes de trabalho a serem mais confortáveis aos seus operadores, com uma preocupação ergonométrica mais aperfeiçoada e a uma arquitetura mais limpa e leve.
Foi-se a época em que nos reuniamos para ir a feira, com o objetivo de ver máquinas especializadas, VTs... hoje tudo está mais clean e informatizado...

sábado, 5 de setembro de 2009

SET Sudeste 2009 - Parte 1

Você foi na feira da SET Sudeste deste ano?
Vc acha que eu vou falar dos equipamentos legais que eu vi, não é? Errou!
O que mais me chamou a atenção foram alguns recursos de iluminação. Anos atrás só se falava em luz fria. Hoje, são as fontes luminosas formadas por leds.
A Rosco apresentou o LitePad. São placas de 7,6mm de espessura com leds de alto brilho e com temperatura de cor de 6000 K. Tem 8 padrões de tamanho e a mais barata custava 300 reais.
A luz é suave e constante, podendo substituir pequenas fontes de luz na função de rebatedores, ou até mesmo ser a keylight de uma gravação. O consumo de energia é mínimo.
Outro produto foi o RoscoView. Um conjunto de filtro, gelatina, polarizador para janelas e um filtro polarizador para as lentes de câmeras. Depois é só girar o filtro dacâmera e controlar a intensidade de luz exterior que invade o ambinete de gravação. Pense no estúdio de vidro dos telejornais da Globo.
Ainda nos produtos de leds,havia spots dimmerizados com leds de alto brilho. Leves, portáteis, podendo ser alimentados por baterias de câmera. Eles tinham preços entre 590 a 1200 reais e que em breve serão comercializados no estado de SP.
Havia pelos corredores da exposição pelo menos 6 pessoas com o colete e equipapento de steadcam fazendo demonstrações. Alguns se entusiasmaram e houve pequenos choques com os visitantes, mas sem vítimas fatais.

No próximo texto: equipamentos que estão melhorando a monitoração

domingo, 30 de agosto de 2009

Quadro de meteorologia

Você confia nas previsões do tempo apresentadas nos telejornais? Você gosta dos mapas cada vez mais sofisticados?
A mágica por trás dos quadros de meteorologia dos telejornais está toda baseada na técnica de cromakey. Aquela das telas azuis.

Uma equipe de meteorologistas trabalha diretamente como uma equipe do Departamento de Arte. São utilizadas as imagens de satélite, mapas dos estados e do Brasil, em conjunto com as informações fornecidas pelos Centros de Meteorologia dos estados.

Todo o processo de confecção do material visual é feito por uma estação Silico Graphics ou um similar. No estúdio, estão a disposição dos apresentadores, conjuntos de monitores. Em um deles está o sinal do teleprompter, com todas as falas e no outro monitor, o sinal com a imagem final, a soma do apresentador com o material gráfico. É este sinal que irá orientar o apresentador durante a sua movimentação, prevista na apresentação. O mesmo utiliza um controle de disparo, que muda as telas gráficas de acordo com a necessidade. Com a chegada dos equipamentos de cenário virtual, todo o processo ganhou mais dinamismo, permitindo uma movimentação constante dos apresentadores, que podem interagir com as imagens gráficas e até apresentar pequenas matérias e links ao vivo.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Conhecimento e divulgação

Estou eu pensando o que escrever no blog. Alguns leitores preferem que eu faça crônicas, reclame dos acontecimentos e erros que vejo. Outra parte escolhe informação.
Vou concordar com a parte da informação, do conhecimento.
Vendo a cobertura do Mundial de Atletismo em Berlim, deparei-me com cenas espetaculares, tanto pelo fato de toda a cobertura ter sido feita em qualidade HD, quanto pela tecnologia empregada.
Comentava isto com o Luciano, que é professor de Rádio e TV e verificamos que não existe literatura específica para diversos assuntos ou temas, principalmente na língua portuguesa. Revirando a web, encontramos livros muito antigos de teatro que foram revisados para abordar a televisão que estava nascendo na época.
A literatura específica se estiver sendo escrita, continua nas mãos de seu criador. Não foi divulgada ainda. Este conhecimento faz muita falta. Concordo que a evolução tecnológica é muito rápida, os equipamentos e soluções disponíveis se renovam a cada momento, mas tudo é feito tendo uma base e é esta base que falta ser divulgada.
Estou recolhendo material audiovisual para preparar, atualizar meu próximo workshop: como se produz um evento em externa e estou sentindo esta dificuldade. A realidade brasileira é diferente da estrangeira, nem todos os recursos tecnológicos estão disponíveis no Brasil e são poucas as produções que podem ter acesso a elas.
Ai volto a me repetir: com a HDTV, que já chegou, nós vamos produzir o quê e com qual qualidade?

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Aprendendo produzir para HDTV – parte 3

A regra, com a TV digital, é evitar brilhos que estourem a luz da cena. Assim, até o Figurino está passando por modificações.
A costura tem que estar perfeita, sem linhas aparentes. Muitas das roupas são feitas à mão. As roupas de quase todos os personagens são feitas por costureiras e alfaiates à moda antiga. E com uma preocupação a mais nos tempos modernos.
Até o reparo em uma roupa tem que ser meticuloso. Um botão perdido, por exemplo, terá que ser substituído por outro igual. Não pode haver pequenos rasgos, fios soltos. Tudo tem que estar visualmente perfeito.

Produção de arte
Com o HD, a profundidade de campo é grande. Com isso, o fundo da cena, que antes aparecia desfocado, agora também fica mais nítido. Portanto, detalhes que só compunham o ambiente, como quadros, vasos e outros enfeites, passaram a ter papéis importantes. E é o pessoal da produção de arte que cuida deles.
Como a HD não perdoa imperfeições, mais de um objeto pode ser adquirido por estes produtores, principalmente se a produção for de uma novela ou seriado. Já pensou se este objeto sofrer algum dano? Muitas vezes não se poderá repará-lo, a solução é substituí-lo mesmo.
A qualidade destes objetos também terá que ser levado em conta. Não dá para comprar produtos de baixa qualidade.

domingo, 16 de agosto de 2009

Aprendendo produzir para HDTV – parte 2

A cenografia também passará por umas boas reformas. Principalmente os cenários de casas luxuosas.
Quando se grava tendo como cenário uma favela, o acabamento de uma casa, onde, a princípio, não há tanto acabamento, algumas “falhas” são admissíveis. Quando o cenário já é mais luxuoso, sabe aquela placa de compensado em que se vê a emenda? Sabe aquela bolha em uma segunda mão de tinta mal aplicada? O acabamento terá que ser mais realista. Cuidado! De longe, é lindo.
Para se ter uma idéia do esmero ainda maior que tudo passará a ter, até os profissionais que trabalham na lavanderia tiveram palestras sobre o assunto. Roupa amarrotada? Nem em sonho. Só se ele acabou de se levantar da cama!!
Tudo deverá ser mais ser criterioso na produção de elementos visuais. Antes as produções que utilizavam suporte Beta e DV não captavam pequenos defeitos,
manchas e imperfeições. Na cenografia da Televisão Analógica utiliza-se tapadeiras, pregos e fitas a mostra, práticas não perceptíveis até então. Na área de efeitos, são criados objetos cênicos a partir de isopor e madeira modelados e pintados de forma com que no vídeo analógico tomem forma de alimentos, frutas, alumínio e ferro. Em HDTV esses objetos cênicos parecerão como feitos realmente de isopor e madeira pintados. Precisa-se estudar os materiais utilizados na cenografia e substituí-los por outros mais convincentes. Pode-se optar por utilizar muitos objetos reais feitos dos próprios materiais que se deseja representar ao invés de produzir algo parecido. Optou também pela substituição de revestimentos de fibra de vidro e pisos sintéticos em paredes e solo por materiais como tijolos e granito. No formato widescreen, os cenários ficam mais horizontais e devem ter um acabamento melhor. Os planos ganham mais espaço e a composição de cena requer mais elementos cênicos verossímeis.
O uso de Computação Gráfica, tanto para a criação de cenários virtuais realísticos, como o uso da técnica de cromakey mais sofisticada, pode ser uma solução para determinados programas.
Cuidados a serem tomados: Qualquer tipo de brilho, por menor que seja, estoura a luz. Uma cabeça de prego mais para fora salta aos olhos. As cores ficam diferentes no vídeo. O branco passou a ser proibido, porque absorve mais luz e abre o contraste. Então, usa-se outra cor, como cinza claro e bege, para que na tela se veja uma parede branca. O verniz dos móveis tem ser impecável, senão aparecem até as marcas do pincel. E é preciso ter cuidado com a manutenção das coisas, porque arranhão que antes não aparecia agora aparece.



Não perca a Parte 3 – Outros pontos

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Aprendendo produzir para HDTV – parte 1

A produção televisa sempre deveria se preocupar com a qualidade da imagem, não se esquecendo da qualidade de seu conteúdo é claro. Estes itens foram meio que deixados de lado, com as mudanças tecnológicas e a popularização de algumas ferramentas de produção e distribuição.
Esta qualidade está retornando a pauta com o advento da HDTV e suas 1900 linhas, obrigando as emissoras e outras produtoras de conteúdo a reaprender alguns conceitos e estes serão revistos ou aperfeiçoados quando começarem as produções em 4K ou UltraHDTV.
Assim a imagem meio sem definição, sem um bom foco da TV analógica pura ou convertida em digital por MPEg2 e seus congêneres, serão substituídos por uma tela que ficará mais nítido ao olhar do público, o figurino e a maquiagem (passando pela caracterização) dos personagens exigirão cuidado redobrado. A cenografia também receberá mais atenção, principalmente nos acabamentos de cada ambiente.
Vou falar um pouco da maquiagem, não é meu forte, mas é um resumo do que ouvi e li.
Na maquiagem, um dos principais desafios, a preocupação é que mais será menos, ou seja, se emplastrar demais, a maquiagem ficará muita em evidência, tirando a vez da personagem, podendo chegar até a descaracterizá-la.
Antes se falava em correção e agora será composição.
Nos programas onde mostram personagens caracterizados, com bigodes, perucas ou costeletas falsas, por exemplo, as equipes de maquiagem e figurino precisarão ficar mais atentas para o público não perder a magia e "descobrir" que tudo é um fake.
Há muitas pessoas no meio artístico, principalmente as mais velhas preocupadas com a TV digital, já que qualquer ruguinha vai aparecer mais na tela ( e os atores adolescentes com suas espinhas? Problema para os esteticistas). Para elas, já existem cosméticos – algumas marcas já fabricam produtos especialmente para HD – não farão milagres, mas ajudarão muito. Por enquanto está sendo utilizado o make up airbrushing, que é aplicado em forma de jato escondendo a espessa camada de maquiagem de pancakes, corretivos e base exigidos em gravações com holofotes.
A base da maquiagem agora terá que ser muito, mas muito bem-feita, mas o ator terá que cuidar mais da sua pele a partir de agora, se preocupando até com o sol, valendo-se de protetores solares, principalmente em um país tropical como o Brasil.
Falando mais de uma preocupação: os cabelos. Estes precisarão ser bem cuidados, merecerão atenção àqueles que receberam tintura, pois aquela raiz preta estará mais evidente com a pureza da imagem HD.
A regra nos tempos modernos é evitar excessos. Nada de muita pintura no rosto, sob pena de ficar artificial. As cores mudam bastante e ficam mais vistosas e abertas com a alta definição e se os fios forem sintéticos, por exemplo, vão brilhar demais, porque a luz, agora, é captada com mais eficiência.

sábado, 8 de agosto de 2009

HDTV

A HDTV (Televisão de Alta Definição) tem como característica principal a alta definição, definida como formato de imagem 1920 x 1080. Ela dá aos telespectadores não somente a percepção de melhor qualidade das imagens de alta definição, como também une forte sensação de beleza, realidade, profundidade e presença. Tudo porque ela foi desenvolvida baseada em estudos de longo prazo das características da percepção humana.
Além disso, o áudio multicanal de alta qualidade associado à imagem em HDTV, cria para os telespectadores um clima de proximidade e presença.

O objetivo básico era criar um sistema que desse a sensação de "estar lá" - o telespectador se sentiria como se estivesse realmente presente ao estádio, por exemplo, para assistir a um evento esportivo. Para alcançar este objetivo, por meio de uma série de testes visuais e psicológicos, foram investigadas questões como "qual o tamanho de tela necessário?", "qual é a relação de aspecto ótima para a tela?" e "qual é a melhor distância da tela para se assistir televisão?".

Os resultados desses estudos mostraram que a HDTV necessitaria de um ângulo de visada vertical de 20 graus, de um ângulo de visada horizontal de 30 graus, de uma distância da tela de 3 vezes a altura da tela e de cerca de 1000 linhas. Os estudos mostraram ainda que uma freqüência de campo de 60 Hz permitiria que as imagens fossem reproduzidas suavemente e sem cintilação.

A Philips acaba de lançar a TV Cinema 21x9 que oferece uma qualidade de imagem ímpar, ao mesmo tempo em que contempla os cinéfilos com as dimensões de tela equivalentes à usada pelas últimas superproduções. A TVS de alta definição tem proporção de 16x9. Filmes em cinemascope - o padrão de tela criado quando se filma com câmeras Panaflex - tem uma proporção diferente de tela, de 21x9. Isso na prática garante uma resolução de 2560 linhas, o que não deixa a imagem com aspecto estranho quando o filme é no formato cinemascope. É um produto de alto luxo, destinado a cinéfilos perfeccionistas.

Imagine agora que a mesma NHK, que pesquisou a HDTV, está pesquisando a Super HDTV com resolução de 4096 linhas e ainda há pesquisas para a UltraHDTV com resolução de 7680 x 4320, 33 Mega pixel e tudo isso com áudio surround 22.2. Isto tudo é para assistir o que?!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Equipamentos de medição


Um tipo de equipamento muito importante, mas que sempre é deixado de lado, é o equipamento de medição.
A utilização fixa de um waveform e de um vectorscope, não precisa ser necessariamente rígida. O técnico da casa deve ter um par destes instrumentos para poder realizar a análise e aferição de todo o sistema projetado e montado.
Eles permitem verificar se todas os ganhos, ajustes, terminações e outros estão corretos.
A falta de uma terminação ou uma dupla terminação pode afetar toda a qualidade da imagem. Ela pode ter um branco estourado ou imagem escura.
Apesar de parecer ser um equipamento analógico que está cm seu fim programado, não devemos esquecer que a transmissão digital demorará algum tempo para ser onipresente, bem como ela irá coexistir nos dois mundos, pois toda a produção pode ser feitas no padrão analógico e só na transmissão ser convertido ( upscaling).
Muitos programas de edição não linear possuem um módulo ou plugin que simulam estes equipamentos.
Veja abaixo as informações que eles podem nos fornecer:



Wave-form: Sinal de Luminância




Vector- scope: Fase das cores




terça-feira, 4 de agosto de 2009

Montando uma rede Tapeless


Visando melhorias no nosso sistema de trabalho, em conseqüência do envelhecimento dos videotapes e a substituição do material analógico pelo digital, começamos a preparar a transição. Começamos a mudar o fluxo de trabalho.
Os VTs no formato D9 e SVHS foram substituídos pelos equipamentos em miniDV. Como a exibição já estava digital no formato MPEG2, adotamos as ilhas de edição não linear para iniciar o processo.
O processo de ingest ainda é feito por fitas, mas as matérias preparadas e as vinhetas dos programas ao vivo, continuavam a ser exportados para as fitas.
Resolvemos esta questão em etapas. A primeira foi instalar um equipamento Soloist da Adtec. Ele é um player em MPEG2. Assim as ilhas de edição exportam diretamente pra o Soloist, sendo a transferência feita por uma rede ethernet.
A segunda fase, que estamos implantando, vai se utilizar dos gravadores digitais que serão utilizados junto as camcorders e como a unidade gravadora de nossas unidades móveis ( caminhão e robozinho).
Assim necessitaremos de uma atualização operacional dos operadores de câmera, o que permitirá as equipes de externas trazerem o material gravados nas HDs ( harddisks), sem a necessidade do processo de captura clássico.
O uso de fitas ficará restrito, nos próximos meses, a função de backup até que todos os operadores se habituem com o novo processo.
O desafio futuro é a implementação de um servidor de vídeo para substituir o nosso backup por meio de DVD.

domingo, 2 de agosto de 2009

Você me escuta?

Seja em que emissora de TV for, o ponto eletrônico é um meio invisível de comunicação entre quem comanda uma atração dos bastidores e quem se encontra diante das câmeras. Em programas ao vivo, ele serve para avisar o apresentador sobre a entrada de merchandisings ou de um intervalo comercial, ou até para cortar uma entrevista quando ela se torna enfadonha. Os apresentadores e jornalistas usam o que chamamos de memória de trabalho. As informações que vêm do ponto eletrônico são armazenadas enquanto eles fazem outra coisa. Na seqüência colocam em prática o que foi pedido. Usar bem o ponto é saber deslocar a atenção de uma coisa para outra com rapidez, sem precisar parar o que está fazendo. O ponto eletrônico está presente na maioria das atrações televisivas.
Você consegue manter a atenção, falando sobre um assunto, enquanto outra pessoa fica falando em seu ouvido? Você me escuta?
O ponto é utilizado em diversas ocasiões. Nas produtoras e emissoras de TV mexicanas, por exemplo, todos os atores utilizam-se dele para que não haja erros por falha de memória. No Brasil, alguns atores famosos se utilizam dele.
Você já ouviu algum apresentador reclamar ou interagir com “a voz do além” ou “ a voz que vem de cima”. Alguns apresentadores de telejornal diversas vezes se irritam e retiram o ponto durante uma matéria.
Há diversos modelos a disposição. O Ponto Eletrônico Intra-Canal é um mini receptor indutivo alojado dentro do Canal Auditivo. Seu processo de confecção e todo artesanal e é de uso exclusivo.


O Ponto Eletrônico Retro Auricular, é um aparelho utilizado atrás da orelha, com colocação de um tele-molde ou adaptadores Intra-canal, oferece grande qualidade ao usuário. Somente o adaptador é individual.
Há também o Ponto Eletrônico de Rádio Freqüência em VHF, na faixa de 150 MHz a 250 MHz. Utilizados em locais de baixo nível de ruído. Ideal para estúdios de jornalismo e programas de Talk Show. Para Externas que necessitam de um maior alcance, utiliza-se um Sistema de Ponto Eletrônico de Longa distância. Eles utilizam Rádios de Longa distância em VHF.
O Sistema de ponto eletrônico é baseado em um amplificador de potência que em conjunto com sua bobina indutiva cria um campo magnético. Este sinal magnético é captado pelos receptores indutivos, ou Pontos Eletrônicos Indutivos. Assim sempre é possível escutar um zumbido, bem baixinho, parecido com o de um walkie-talkie. O ponto não é silencioso. Tem um chiado constante. Se houver problemas na instalação pode-se ouvir uma estação de rádio, que interfere no sinal do ponto. Imagina como isto atrapalha quem está usando.
Alguns preferem que os assistentes e diretores de palco usem os pontos e passem as informações para o apresentador com gestos e dálias (cartolinas com avisos).
É questão de se acostumar e agüentar quem está do outro lado berrando, as vezes.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Gravadores Digitais

A tecnologia atual procura soluções para armazenamento das imagens, visando substituir as fitas magnéticas. É o mundo tapeless.
No mercado há os gravadores digitais portáteis, sendo o mais conhecido a linha da Focus.

Os primeiros modelos possuíam um hard disk de 40GB e agora há versões do FS100 que chegam a 160GB e podem gravar em mais de 10 diferentes codecs ou formatos. São fáceis de se adaptarem nas mais diversas camcorders existentes, principlamente se elas tiverem um a porta firewire disponível. São de fácil operação e conversam com qualquer PC ou Mac.
A datavideo possui um modelo, o DN300, que permite, em uma das suas variantes, a retirada de sua HD e a sua utilização como se fosse um dispositivo USB. Facilitando o manuseio e transporte do material. Pode ser usado em substituição aos VTs gravadores em Unidades móveis ou unidades portáteis.

A GrassValey possui o gravador Turbo iDDR que se assemelha a um videotape, recebendo a imagem por conexão firewire, composto ou componente. O matyerial pode ser exportado também se utilizando uma rede Ethernet ou ainda por uma mídia DVD, ppois possue um gravador de DVD acoplado. O equipamento pode ser utilizado ainda como uma unidade player, em Unidades móveis ou switchers.
As novas camcorders em alta definição (HD) podem ainda gravar o seu material em um cartão de memória flash, semelhantes aos cartões P2 da Panasonic, utilizando-se da compressão AVC. Nesta linha, temos o gravador da Sony, o HVR_MRC1 que grava em cartão Compact Flah de 8 GB cada.
A escolha de um equipamento destes, deve levar em consideração a infraestrutura existente, pois os preços e as capacidades dos diversos modelos são muito semelhantes.

Não perca: “ Montando uma rede Tapeless” em breve.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Novo trabalho científico

Estava conversando com um editor e blogueiro também e discutíamos sobre uma nova ameaça a qualidade do conteúdo produzido e exibido pelas esquinas da vida.
Se não bastasse o assustador número de pesquisas no Google, de pessoas que tentam encontrar soluções mágicas para resolver o problema de falta de foco nas imagens estáticas ou não (ainda bem que isto não existe), descobrimos que se está desenvolvendo um software que permitirá tirar as tremidas e balanços de imagem durante a gravação.
Pesquisadores da Universidade de Winsconsin-Madison em conjunto com a Adobe, realizaram um estudo científico que conseguiu desenvolver uma técnica que promete revolucionar o trabalho de gravação de imagens, permitindo que pessoas sem nenhum tipo de equipamento especial ( uma steadcam , ligeirinho, ou grua), ou com problemas de estabilização possam criar material com aspecto profissional.
O artigo científico, assim como vários vídeos de exemplo podem ser copiados nesse endereço que agrega as informações sobre essa técnica de estabilização de vídeos usando computação gráfica 3D.

Veja o link: http://www.youtube.com/watch?v=3TlCGh5Pc90&feature=player_embedded

A técnica realiza o mapeamento do vídeo e simula o movimento estável da câmera. O processo funciona com a identificação de diversos elementos e pequenos desvios de movimento na câmera. Com esses desvios de movimento identificados, o sistema processa uma seqüência de imagens levemente esférica. Essa imagem esférica é que consegue passar a impressão de estabilidade no vídeo.
Ainda não há um versão comercial deste programa, não há nenhum plugin do Adobe para o Premiere ou mesmo um outro software a ser lançado.
Isto permitiria salvar algumas gravações no ombro, sem tripé. Você leu o "Ombro amigo" ?
Só espero que mais este recurso não gere mais ”lixo” que é exibido como programa independente no mercado.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Transtornos Digitais - Ilhas de edição

A informática invadiu a televisão. As nossas velhas ilhas de edição não são as mesmas.
Hoje os editores sentam em frente a uma ilha de edição não linear e começam a executar o magnífico trabalho de edição.
Muitos desconhecem os princípios básicos da informática e ficam a reclamar do desempenho da máquina, pedem mais HD, mais memória, pedem um quadcore e assim vai.
Hoje entrei numa sala com quatro ilhas de edição. Em uma o micro não ligava, no outro o windows não subia e no outro travava e se fechava.
Descobri que os editores nunca fizeram um scandisk nas três HDs da CPU. Nunca tinha desfragmentado as mesmas. Não havia espaço nelas. As HDs estavam somente com 7% de HD livre, sendo o recomendado ter pelo menos 10%.
É preciso ter na HD de sistema um bom espaço livre, para que o windows o utilize como memória virtual.
Tudo isto afeta o desempenho, a lentidão do sistema.
O mesmo espaço livre é necessário para as HDs de captura, para que o Adobe possa utilizá-lo temporariamente, principalmente durante os renders.
Em algumas emissoras, o uso de dispositivos USB também é bloqueado, pois os pendrives e HDs removíveis são bons disseminadoras de vírus e outras ameaças.
As ilhas de edição também não devem ter acesso à internet, justamente por causa destas ameaças.
O uso de outros programas, como pacotes Office e jogos, também não são recomendados. Os jogos alteram configurações da placa de vídeo e de áudio. O que não é interessante para os programas de edição, principalmente se ele trabalha com placas de captura como a Matrox e Pinnacle.
Para a solução destes problemas pode ser necessário à reinstalação do windows, de programas e o pior de tudo, formatar a máquina.
Os velhos Vts não precisavam destes cuidados.

sábado, 25 de julho de 2009

Players

O mercado está ganhando novas versões de Players para exibição de conteúdos em pequenas emissoras de TV a Cabo ou em um novo mercado que está surgindo: a mídia indoor.
Vou emitir a minha opinião de quem já em trabalhando com este tipo de equipamento.
Como fornecedores, nós temos os nacionais: Floripa, Victor do Brasil, 4S e Videomart.
O meu contato com os equipamentos da 4S, se restringiu a demonstrações do exibidor. O que me chamou mais atenção foi a sua ferramenta de trim, que permite selecionar a parte desejada do arquivo a ser exibida. Recurso muito útil quando ocorre travamentos do sistema, afinal todos são baseados em plataforma PC com Windows.
O Digiwave da Floripa é um equipamento robusto, mas não o acho indicado para aplicações que exijam sua operação remota. A interface homem-máquina não me é muito intuitiva. Não senti facilidades na operação diária.
Ambos modelos acima são máquinas que tem uma exibição de boa qualidade, principalmente por exibirem arquivos em AVI, ou seja, sem compressão, apesar de haverem outras versões. Isto implica em arquivos de tamanho elevado, exigindo a transmissão por links dedicados, por causa da banda de transmissão.
O Digispot, da Victor, tem como principal vantagem a sua facilidade de operação, bem intuitiva. Nos canais NET Cidade são usadas na versão em MPEG2. O que ocasiona uma relação custo/benefício bastante atraente, se considerarmos o fato de existirem 32 cidades com exibição controlada remotamente. Há versões disponíveis em formatos de melhor qualidade.
O TVPlay da Videomart , eu só o conheço de catálogo, mas o que me deixa com um pé atrás, é a questão de manutenção e suporte técnico no Brasil, pois é um produto muito novo.
Todas estas máquinas, como são baseadas no windows, são vulneráveis a ameaças e pragas virtuais, o que exige cuidados especiais com segurança.
Deve ser feito um bom estudo sobre a aplicação desejada, a relação custo-benefício, suporte técnico, antes de se definir qual o melhor Player a ser adotado. Este deve ser compatível com a infra-estrutura que gera o conteúdo a ser exibido (ilhas de edição, transporte de mídia, tele-supervisão...).

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Técnica de cinema

Fugindo um pouco do assunto, não resisti de comentar este vídeo do YouTube. Adoro efeitos especiais.


http://www.youtube.com/watch?v=Q9Yj93CHmq0

Há muito tempo a tecnologia ajuda o cinema a criar cenas que seriam impossíveis no mundo real. Mas agora esses recursos já chegaram à propaganda e os jogos eletrônicos, mas eu garanto que poderá ser usado em determinadas produções para a TV. Esta técnica se utiliza de modelos construídos com uma estrutura que mais parece um esqueleto, para que o personagem ganhe movimentos mais realistas. Para as feições dos rostos dos personagens do vídeo em questão, 96 bebês de verdade emprestaram suas feições para as versões digitais. A Rede Globo já utilizou técnica semelhante para fazer os atores surfarem em uma novela das sete.


Veja esta reportagem do Jornal Hoje. O link é este mesmo:


http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1086521-7823-TECNOLOGIA+APLICADA+EM+PUBLICIDADES+FAZ+SUCESSO+NA+INTERNET,00.html

Minha amiga ceguinha

A primeira câmera de TV possuía um tubo de imagem, na realidade eram três, chamados de Satycom ( não me lembro bem se esta é a grafia correta). Ela era uma verdadeira ceguinha. Afinal o vídeo, a imagem, é formado por luz. É assim que começo o curso de iluminação que administro. Depois veio o tubo Plubycom e isto permitiu a ela ir para as ruas e se iluminava o ambiente com os sungun (ou seja, arma de sol; dá para entender como a luz era necessária?).
Veio a captação por CCDs e agora a novíssima tecnologia CMOS. As pequenas câmeras se tornaram populares, estão até em celulares e em canetas espiãs a la 007.
Outro dia, alguém se vangloriava por ter comprado uma câmera que exigia apenas meio lux de iluminação para gravar. Alguém ai sabe como e onde se compra meia vela?
Tudo bem que hoje se faz vídeo para colocar no YouTube, se faz vídeo só para mostrar aos amigos ,com o seu celular, mas se é vídeo, tem que ter luz, tem que ter qualidade ( algo bastante subjetivo), principalmente se desejamos colocar na transmissão de TV.
Quando se faz um making of, aquele vídeo meio documentário que mostra como um trabalho, uma produção televisiva ou mesmo cinematográfica é feito, seu objetivo maior é ajudar a divulgar o que foi feito. Sendo assim, o making of exige as mesmas condições técnicas com que foi realizado o trabalho que se quer divulgar.
Não adianta pegar nossa amiga camcorder ceguinha, ligar o microfone embutido e sair captando as imagens. Qual será a qualidade disto? Não adianta abrir a íris ou dar um ganho eletrônico de +3, +6 ou +9dB. Isto não vai gerar a qualidade exigida e pertinente a este tipo de trabalho.
Lembre-se: ganho eletrônico= ruído. Imagem é luz.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Transtornos digitais

A revolução tecnológica trouxe grandes facilidades, popularizou o vídeo, mas está trazendo alguns transtornos. Estes são devido as inúmeras maneiras de se produzir um material audiovisual. São múltiplas maneiras nem sempre compatíveis entre elas.
Hoje tive buscar uma solução mais barata de camcorder no formato miniDV. Poderia ser até mesma uma da linha doméstica. Não foi fácil encontrar. Os modelos disponíveis são na maioria em formato HD que gravam na compressão AVC e suas variantes, através de cartões de memória.
A compressão AVC trabalha com uma taxa de compressão elevada. Exigindo um processamento maior e isto nos leva a uma CPU superior aos DuoCore, memória RAM de 2GB, HDs com velocidade elevada. A compressão é toda feita via software e não há programas antigos que trabalhem com este codec. Assim a maioria das máquinas não está apta a trabalhar com ele. Não vamos nem falar o preço de um bom pacote do Adobe. O orçamento que recebi foi superior a sete mil reais para o pacote e mais sete mil para o hardware.
Vi um colega comprar uma camcorder desta e se arrepender, pois não sabia como manipular as imagens gravadas, não sabia como, nem tinha dinheiro para comprar uma ilha deste porte.
Voltando aos transtornos, imagine como é trabalhar com o formato MPEG2. Ele não é um formato fechado. É só um modelo matemático que permite N variações de seus parâmetros. Estimasse que haja pelo menos 32 maneiras de se programar sua codificação. Pode-se escolher a taxa de compressão, que irá influenciar no tamanho dos arquivos. Pode se escolher qual a maneira de se transportar o arquivo, aqui o bicho pega.
Então porque não trabalharmos com outros formatos? Muitos deles são ótimos para se trabalhar na internet, para produções não profissionais, mas em se falando de qualidade em Broadcast, ainda é um formato muito aceito. Veja a Sony que trabalha e aposta ainda em equipamentos MPEG2, agora com sua evolução o MPEG2 LongGOP.
Outro transtorno, são as produtoras que estão substituindo a dupla PC-windows pela dupla MAC- FinalCut. Eles sofrem quando precisam exportar seus arquivos para formatos que não sejam o Quicktime. Alias, você sabe por que o player do QT é mais aceito em aplicações profissionais? Porque com ele você tem comandos similares aos comandos de um VT profissional. São ágeis e de fácil procura da cena ou frame.
O grande transtorno é essa integração da informática, da eletrônica de consumo com o mundo broadcast, na procura do mundo anycast.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Canais Comunitários ou Locais.

Os pequenos canais, principalmente os canais denominados Comunitários ou Locais, utilizam-se de uma infra-estrutura bastante enxuta e tem a Tv a cabo como meio de distribuição e transmissão de seu sinal.
Normalmente utiliza-se de um uma mesa máster exibidora bastante modesta. Caracterizado como um seletor de canais para escolher a fonte de vídeo, interligado a um transcoder NTSC para PALM e a um equipamento de transmissão. Este pode ser um Tx de fibra ótica ou um modulador de RF, muitas vezes cedido pela distribuidora de TV a cabo.
O grande problema de se trabalhar com essa estrutura enxuta é a manutenção da qualidade de sinal. Não há uma verba suficiente para se adquirir, por exemplo, aparelhos de monitoração do sinal, como um vectorscope ou waveform, que possam indicar a qualidade técnica do sinal, para que este fique dentro das normas técnicas. Vale lembrar que nos novos receptores e encoders digitais, toda vez que o sinal fica abaixo destes valores, o sinal é substituído por um color bars, o código de barras.
O uso do modulador de RF exige que o prédio, onde está instalado a emissora geradora do sinal, esteja próxima ao Headend ( centro de captação e transmissão) da operadora de TV a cabo, para que se evite a degradação do sinal, pois há que se respeitar os níveis de atenuação e degradação inerentes do cabo de RF. Esta distância não pode ser superior a 200 metros.
Outro agravante é que muitos canais utilizam-se de players domésticos ou de uma linha industrial que tem uma durabilidade curta e se desgastam facilmente com o tempo. Outro problema crítico é a qualidade dos cabos e o uso excessivo de adaptadores nas conexões.
Alguns canais utilizam-se de pequenos estúdios para gerarem algum produto jornalístico, como por exemplo, um simples telejornal ou programa de entrevistas.
Há casos ainda de alguns canais utilizarem-se de uma ilha de edição não linear para poder exibir o conteúdo do canal. Esta ilha é montada em uma sala ou pequeno espaço cedido dentro do próprio Headend da operadora. Há um ganho de qualidade, pois se evita todas as perdas do cabeamento e como o material está num time line, em AVI, a qualidade tende a ser maior. É instalado um plugin no software editor para que o time line seja reproduzido em looping.
O inconveniente disto é o acesso de terceiros as dependências da operadora, principalmente ao seu Headend.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O ombro amigo.

“Eu quero ter um milhão de amigos para poder contar... eu quero ter um milhão de amigos para poder gravar...”
O bom ombro amigo é aquele em que podemos confiar. Podemos relatar os nossos mais profundos segredos, angústias e desejos. Às vezes ficamos trêmulos, nossas mãos deixam de ficar firmes, os nossos músculos ficam tensos, a ansiedade nos toma de assalto, a boca fica seca e os olhos parecem turvos.
Precisamos relaxar, nos concentrar, nos focar, segurar todo esse sentimento incontrolável, afinal nós vamos fazer uma gravação de vídeo e lhe digo que sempre o ombro amigo é a solução. Este ombro amigo é o tripé de sua câmera.
Parece mal ajeitado, incômodo de se levar, ignorado e desprezado por muitos. É mau tratado pelo seu carregador, que o deixa bater em cada canto, em cada quina que ele encontrar pela longa trilha para se chegar no objetivo tão esperado.
Pode confiar. É ele que vai lhe garantir a estabilidade necessária para se obter boas imagens. É ele que vai garantir que o editor não use somente frames daquela tão sacrificante aventura que você realizou para obter as imagens. Imagens, que quem sabe, poderiam lhe permitir melhorar a sua vida.
O seu ombro pode ser comprometido pelas emoções incontidas do momento. O ombro amigo, ao contrário, pode ser comprometido pelos maus tratos que recebe na sua manutenção, no seu uso.Um ombro amigo deve se guardado a sete chaves, bem próximo do peito... e dentro do seu case.

domingo, 19 de julho de 2009

Michael Jackson

Com a perda deste ícone pop da música internacional, nós perdemos um dos criadores e inovadores do vídeoclip.
Antes dele os videoclips eram mal acabados e usam os escassos efeitos especiais. Eram cromakeys toscos, com recortes primitivos e mal iluminados.
Quando Michael convidou diretores de cinema para a concepção e direção dos clips, estes ganharam em grandiosidade, bem como em custos de produção. Foi ele que trouxe os efeitos Morphos para o vídeo, utilizando a técnica e o software criados por James Cameron para o filme Exterminador do Futuro.
Houve uma revolução nos processos de criação, os efeitos óticos antes criados pelos Turnkey ADO ou Mirage, deram lugar a poderosos softwares e seus plugins. O que ele não faria com uma plataforma Inferno?
A linguagem dos vídeos também mudou. Passou a contar pequenas estorinhas, como se fossem pequenos curta-metragens.
O tempo passou e o que vemos hoje são clips onde só se vê muita dança sem graça e com uma forte apelação sensual. Acabaram-se os clips usando animação, como os de Peter Gabriel, os clips com sequências bem gravadas em locações.... estou ficando velho....
Como seria o clip de Michael Jackson, hoje, no século 21?

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Unidade portátil de gravação ou Robozinho

Em muitas ocasiões, para a gravação de uma entrevista mais elaborada, a gravação de um pequeno show, onde haja a necessidade gravar/ enfocar muitos elementos em cena, é utilizado uma Unidade de externa, não um veículo especializado, mas o que chamo de unidade portátil de gravação ou produção, por muitas vezes chamado de robozinho.
Esta unidade é capaz de receber pelo menos 3 sinais de câmera, muitas vezes camcorders e é operada por um diretor de imagens.
Esta unidade não utiliza um gerador de caracteres, pois o material é gravado e posteriormente será editado em uma ilha de edição, onde receberá o tratamento gráfico. Ela tem um equipamento de áudio capaz de receber alguns microfones e de receber um sinal retirado de uma mesa de áudio maior ou de um PA, no caso de um show (esta mandada precisa ter sua qualidade controlada pela equipe).
Este sistema pode ser montado dentro da própria emissora ou adquirido no mercado. Neste temos a opção de compra de um Tricaster da NewTek ou ainda das soluções oferecidas pela Data Vídeo com suas versões SM600, 800 ou 1000. .





O mais interessante no equipamento SM1000 é a presença de um sistema de Tally ( indicador da câmera selecionada) e a do intercom, para a conversa entre os operadores. O material é gravado em gravadores digitais que só precisam ser levados depois para a ilha de edição.
Para a garantia das imagens ou para se ter um ângulo diferenciado para os insertes posteriores, as camcorder, normalmente utilizadas nestes casos, podem também gravar o material em suas fitas que devem estar corretamente identificadas.




A Sony ainda oferece o seu sistema AnyCast, onde tudo está centrado em uma pequena maleta.
Ideal para apoiar os trabalhos jornalísticos.
Qualquer que seja a sua escolha, vale lembrar que estamos falando de soluções que tem o seu preço começando em 5000 dólares. Mas dá uma vontade incrível em ter um destes em casa.




quarta-feira, 15 de julho de 2009

Mundo Digital x Realidade

Vou deixar o meu lado técnico de lado neste momento e exercitar o meu papel de radialista formador de opinião.
Neste último mês, vi pela mídia em geral diversos acontecimentos que somados as minhas leituras tecnológicas, me levaram a pensar o quanto a nossa realidade é ou pode ser manipulada por fortes interesses.
Vi a pouco uma entrevista de um ícone do jornalismo mundial, Gay Talese, falar sobre o jornalismo moderno, onde tanto o jornalista quanto a população em geral, vivem presos dentro do mundo dos laptops, sem se levantarem e irem até a janela e ver o mundo real.
Que mundo realmente estamos vendo?
Vemos imagens da revolta de jovens após as eleições no Irã através de imagens geradas por celulares e webcams. A baixa resolução das imagens, onde se é impossível identificar com certeza o cenário e as pessoas, nos levam a desconfiar da veracidade dos fatos. Analisando por este aspecto somente, poderíamos aceitar as imagens do homem na Lua?
Com a popularização mundial do uso das câmeras digitais e os softwares de manipulação, digo edição de imagens como o Photoshop, quem garante a imagem e/ou fato?
Com o desenvolvimento dos ambientes virtuais através de sofisticadas ferramentas de criação em 3D, o nosso velho cromakey só é aceito em apresentações de programas de entretenimento e o que falar das backprojection usadas nos hoje velhos filmes de cinema?
Já pensei diversas vezes em destruir o meu DVD do Flash Gordon, só não os destruí por causa da trilha do Queen.
O uso destes novos recursos ainda se concentram em atividades de entretenimento como jogos em realidade 3D ou programas de TV como a minissérie Maysa da Globo ou em novelas.
Estará em votação a reforma eleitoral que prevê o uso da internet como ferramenta de divulgação. Será que não serão criadas realidades virtuais que possam favorecer determinadas ideologias?
Deu tilt na minha cabeça. Acho que vou parar e ir assistir o novo Exterminador do Futuro e depois ficar esperando a imagem do retorno do homem a Lua em 2020.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Gravando com lapela

Em minhas andanças de manutenção, sempre vou encontrando as “ falhas técnicas” por aí.
Fui resolver um problema de sistema e me deparei com um problema de áudio em um programa ao vivo. Os técnicos do Headend não conseguiam equilibrar o áudio que era entregue para a modulação. Apesar dos muitos ajustes do compressor, não conseguiam ajustar a qualidade do áudio e o cliente só reclamava.
Fui analisar o programa e descobri que no pequeno estúdio, haviam três microfones de lapela abertos e mal posicionados nos apresentadores.
Conversando com os operadores, descobri que o controle de trim ( ganho de entrada) da mesa de áudio, estava muito alto, assim os faders individuais e o do máster estavam sendo subutilizados, muito baixos. Desta maneira, toda vez que os apresentadores se entusiasmavam, ocorria um over no canal, que era compensado no fader e não no trim.
Estavam tentando tirar este erro, no compressor antes da modulação do sinal.
Deve-se sempre observar que a operação com microfones de lapela, geralmente omnidirecionais, exige uma atenção especial. Se for um programa jornalístico, onde o tom de voz sempre é moderado, o ganho de trim exige menos cuidado, pois o vazamento entre eles não é tão crítico. Já em outros, a proximidade dos usuários e a mudança dos tons de voz vão ocasionar diversos problemas de vazamento, além da influência da acústica do ambiente. Assim trabalhamos com um trim moderado e o operador deve estar completamente focado no áudio, não deixando os faders abandonados e de preferência com um bom fone de ouvido ou um bom monitor de áudio.
Outro cuidado a se observar, é que se vc estiver utilizando um lapela que trabalhe com pilhas, por exemplo um Sony da família dos ECM, a carga delas irá influenciar no desempenho do microfone.
Não despreze o áudio. Se apanhamos em fazer um áudio estéreo, imagine quando fizermos um 5.1 ou 7.1 ?

sábado, 11 de julho de 2009

Formadores de Opinião

Eu sempre discutia e discuto com amigos e amigas jornalistas sobre o tipo de jornalismo que é feito no Brasil, principalmente o para televisão, afinal, uma audiência de 96% do país , não se pode desprezar.
O jornalismo vende o Brasil que é errado, que não dá certo. Quando veremos matérias e especiais que mostram aquilo que funciona, o que contribui com a educação, aquilo que nos torna cidadão?
Foi seguindo este pensamento que achei meu dever contribuir com um grão de areia, mesmo não sendo um jornalista, mas como um bacharel de comunicação. Eu criei o programete do Alô Cidadão, com a ajuda da jornalista Eloísa Musil e edição do jornalista Miguel Rodriguez.
A idéia foi primeiro mostrar o que é ser um cidadão, como nos tornamos um, para depois mostrar nossos direitos e deveres como cidadãos brasileiros. A obra inacabada rendeu 8 programas de 3 minutos em média acrescido de um específico sobre uma questão eleitoral.
A informação bem divulgada e esclarecida na mente das pessoas, poderá levar a um ponto onde poderíamos contestar por exemplo, a decisão Suprema de que jornalista não precisa de diploma. Então qualquer um pode sentar e começar a escrever, publicar e formar opinião.
Você consegue ver um problema nisto?
Eu estou acompanhado, por exemplo, a avalanche de revistas e publicações sobre II Guerra, nazismo e Hitler , onde a história está sendo distorcida, citando batalhas que não ocorreram, com erros grosseiros que muitos leigos estão se deixando levar. Quem está cuidando deste trabalho? Será que ele é graduado ou um sem diploma, um cozinheiro ou um mal informado?

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Mundo Digital 2

Voltando a aquela reportagem da revista Produção Profissional, um detalhe me chamou a atenção: Como a evolução tecnológica , a TV digital, vem alterando os meios de produção.
Estou montando um sistema de tapeless que vai permitir que os nossos três canais produtores de conteúdo possam gravar, produzir e exibir mais facilmente os programas, principalmente porque já há uma dificuldade em se trabalhar com fitas e a durabilidade, confiabilidade e os custos de manutenção dos VTs começam a me preocupar.
Para isto acabo de adquirir mais de uma dezena de gravadores digitais com HDs para trabalho em externa , além da montagem de uma pequena rede ethernet para o tráfego de determinados arquivos.
Já na reportagem, vejo que a Globo para fazer frente a esta necessidade de agilizar e garantir a produção, vem testando o uso de placas com memória flash, em substituição aos harddisks, por permitirem uma taxa de transferências dez vezes superior e acelerarem os processos de render na pós-produção.
Outra questão é o da segurança. As portas USB das ilhas de edição estão bloqueadas para evitarem a disseminação de vírus. São usadas apenas redes de alta densidade, as de Gigabit ethernet ou por fibras óticas.
A Engenharia da Globo está planejando a troca das câmera com CCD, por câmeras com chips CMOS. Para a produção de dramaturgias, consideram que a imagem do CCD possui muita profundidade , tendo todos os planos em foco, ao contrário das com CMOS e suas novas lentes, que podem proporcionar pouca profundidade. Isto mostra que o mundo digital está aproximando muito mais a estética do cinema com as produções para TV.
O uso destes recursos digitais, de softwares 3D, vem alterando até o tempo de gravação das cenas, reduzindo gastos e otimizando locações.
Aumenta assim as exigências de qualificações dos profissionais envolvidos. O departamento de criação, por exemplo, trabalha cada vez mais com profissionais capacitados em composição, modelagem 3D, pintura digital, inteligência artificial, produção de efeitos visuais; além da constante atualização dos operadores como cinegrafistas, diretores e produtores de diversas áreas.
A produção hoje, focada em HD, mostra que seus custos e suas exigências são altos e eu gerenciando um mundo ainda em SD, torço para que estes custos caiam rapidamente para poder dar este salto tecnológico.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Mundo Digital

Esta semana recebi a revista Produção Profissional n.90 e finalmente consegui matar a minha curiosidade. Descobri como fizeram o final da minissérie global Maysa. Vcs assistiram?
Eu estava curioso para saber onde estava aquela câmera que mostra o acidente fatal da cantora. Tudo foi possível graças a tecnologia de ambiente virtual. A cena tem a duração de 1 minuto e 46 segundos, mas exigiu um trabalho de 2 meses e meio, envolvendo construções em 3D e um tratamento gráfico complexo.
Através de uma foto em altíssima resolução, em Gigapixels, foi feito um movimento de câmera no computador. Depois, houve a captação no estúdio em croma-key da atriz, tudo através de uma câmera com um sistema de traqueamento.
Todas as imagens passaram então pelo software Baselight para a correção das cores.
Aliás, este software, cuja exclusividade de seu uso no Brasil ainda é da Rede Globo, está sendo utilizado em várias dramaturgias da empresa. Ele é responsável pelo “rejuvenescimento” de atores de maior renome e que estão a muito tempo na labuta televisiva.
Todo o material foi gravado em HD, utilizando-se de gravadores Sony HDCAM. A edição envolveu etapas em offline e online, em plataformas AutoDesk Smoke, FilmLight Baselight e Avid.
Outra tecnologia empregada nessas produções globais é a digital backlot. É um processo inovador de captação e pós-produção que possibilita estender digitalmente cenários físicos, sejam em gravações em estúdio ou em cidades cenográficas. Não é uma simples evolução da técnica de croma-key, pois exige um trabalho antecipado e elaborado na captação de imagens e depois na pós-produção.
O sistema IRIDAS SpeedGrade Onset, um poderoso programa de correção de cor, com múltiplos estágios de correção, baseados em “looks” predefinidos antecipadamente pelo diretor de fotografia ou mesmo o diretor da cena, é também uma das ferramentas que estão ampliando o leque de possibilidades de enriquecer e completar o trabalho de produção, principalmente na dramaturgia.
Estes processos por exigirem um trabalho de pré-produção muito demorado e antecipado, são utilizados em minisséries e pequenos especiais. Não é possível, ainda, ser utilizado no dia a dia das produções. Mesmo em novelas seu uso ainda é contido, pois muitos capítulos são gravados e finalizados 24 horas antes de ir ao ar e não poderiam receber este tratamento com a qualidade desejada.
Para finalizar os comentários desta excelente reportagem da revista, faltou falar de um software que ainda está em desenvolvimento e que permite o reconhecimento de face para “colar” o rosto dos atores em dublês. Este permitiu que o rosto de determinados atores fosse colocado no corpo dos seus dublês surfistas que fizeram as cenas da novela Três Irmãs.
Como eu sempre digo: televisão é uma caixa de mentiras e fantasias. Saberemos distinguir o real do imaginário?

terça-feira, 7 de julho de 2009

Switchers de vídeo

Quem está no mercado a muito tempo, conheceu a linha de produtos chamada de Industrial. Era uma linha de equipamentos com características da Linha de Broadcast, mas com preços mais acessíveis para poder atender as pequenas e médias produtoras de vídeo.
Com a evolução tecnológica que integrou o mundo da informática e o do vídeo ( na minha opinião pode até acabar com a linha Broadcast) alguns produtos acabaram não sendo mais produzidos. Um deles é a linha de switchers.
Nos últimos dois anos parece que uma luz está se acendendo novamente. Está certo que os preços ainda estão meio produtivos e quando não, incorporam soluções nada simples, como por exemplo as entradas e saídas em SDI. Mesmo que se agregue conversores para ajudar, seus preços não ajudam.
O mercado foi dominado por um bom tempo, com a única solução economicamente viável, a mesa Panasonic AG-MX70. Ele tem mais 600 Efeitos Padrão, Efeitos 3D (Requer opcional AG-VE70) Entradas de Video Analogica :- Componente em BNC, S-Video . Possui arquitetura em frame sinchronizer, aceita Geração de Caracteres por Downstream Key.




Surge agora a Panasonic AV-HS400. O mixer multi-formato AV-HS400 é um tudo-em-um.
O sistema integra facilmente trabalhos HD / SD, misturando fontes de vídeo HD e SD. Possui um MultiViewer sendo possível dar saída a 4, 6 ou 10 imagens de diferentes fontes para uma única exibição de alta resolução, eliminando a necessidade de múltiplas fontes HD e monitores de preview ( economizamos em monitores). A arquitetura modular do HS400 vem com quatro HD / SD-SDI e quatro entradas HD / SDI, e pode ser expandido através de módulos.

Outra opção, cara para muitos bolsos, mas de qualidade inquestionável, é a
Sony - DFS-800. É equipado com oito entradas e saídas SD-SDI como padrão. No entanto, conforme mudam as necessidades dos usuários, esta quantidade pode ser aumentada para até 16, com a inclusão de placas de expansão opcionais. Tem também como características padrão: seis keyers (cada um capaz de realizar "chromakeying"), frame memory e unidade DME 3D de seis canais.

No mercado atual surgiu a fabricante Edirol/ Roland e seus produtos são dirigidos para aplicações em vídeo bem mais específicas, mas com o jeitinho brasileiro pode até substituir alguns switchers .

O Mixer de Vídeo V-4 traz um novo conceito em edição de vídeo para eventos ao vivo. Possue 4 canais de entradas de vídeo composto e alguns recuros bem interessantes, está certo que não para a produção de um programa televisivo, mas vale a pena mencionar.




Outro produto Edirol é o Video Mixer V-440HD que comporta-se de forma convencional, ou seja, a partir da seleção que for feita nos barramentos SD (A-BUS e B-BUS), o usuário obtém um barramento de mistura com um em que o resultado da zona SD está na primeira tecla da zona HD/RGB (C-BUS e D-BUS), razão pela qual, se trabalhada em HD, é possível considerar essa zona como o master e a anterior como um subswitcher. Como as saídas de cada um são independentes, é plausível fazer duas direções de imagem, uma para um videowall todo em composto e outra para uma apresentação de programa HD/RGB. O V-440HD não é mais complicado do que outros switchers disponíveis no mercado. Porém, esse produto tem uma filosofia muito própria. Vale apena entrar no site e abaixar o seu pdf.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Primeira leitura

Recebi o primeiro comentário da minha primeira postagem.
A minha raiva, que deixei transparecer, na realidade é um fruto de inconformismo com determinados pessoas, que se dizem profissionais, em assumir seus erros e sua ignorância, no sentido exato de seu significado: a falta de conhecimento de um fato. Isto acontece com muitos, até mesmo eu, pois afinal há muitas verdades lá fora.
Quem tiver um tempo, acredito que sim, afinal está lendo este texto, acessem http://d1tempo.com/ e leiam mais informações sobre o nosso trabalho de produzir conteúdo.
Obrigado.

Making of de uma Meia-Maratona

A equipe do NET Cidade realizou a transmissão, ao vivo ,da Meia-Maratona de São Bernardo e nos links abaixo, pode-se assistir o making of da nossa cobertura. É mais assistir do que ficar falando, pegue as pipocas:



http://www.youtube.com/watch?v=smMdfUlWlaI

http://www.youtube.com/watch?v=tMby8-dWseM&feature=related

domingo, 5 de julho de 2009

Falha Técnica

Se tem uma coisa que me irrita profundamente é a desculpa , que muitos e bota muitos nisso, se utilizam para explicar algo de errado que aconteceu: a falha técnica.
Estive este fim de semana consertando um sistema exibidor que apresentava falhas na exibição. A falha realmente existia, o sistema operacional perdia o harddisk onde estava o conteúdo que deveria ser exibido. Até agora acho que o problema não estava na HD e sim no controlador IDE da motherboard.
Enquanto esperava a transferência de arquivos para a máquina backup, fui obrigado a ficar assistindo aos programas comerciais que eram exibidos no horário. As famosas cópias mal feitas do ShopTour.
Começa mais um quadro do anunciante e percebo que apesar de o apresentador-vendedor estar com um microfone de lapela, todo o áudio do material era proveniente do microfone embutido da camcorder. Este problema se repetiu em mais alguns quadros.
O que acontece aqui não é mais uma falha técnica e sim uma mistura de incompetência do cameraman com arrogância e auto confiança. Muitos operadores se acham os bons e desprezam o uso do fone de ouvido. Já estou cansado de falar nos meus treinamentos de camcorder, que o simples fato do VU de led ou analógico se mexer, não é garantia de que o áudio desejado está sendo captado corretamente.
O pior disto é ouvir do cameraman a seguinte frase “ cara eu faço trabalho para Globo ( ou Record ou outra qualquer), sei como trabalhar....”. Talvez seja por isto que não aceitei trabalhar na Globo anos atrás!
Ai o sujeito entrega esta gravação mal feita, diz que foi uma falha técnica na saída de fone que não permitiu usá-lo, o editor tenta disfarçar na edição, o patrão que tem pouco recursos, conta uma mentira para o cliente que pagou e fica este ciclo vicioso que nunca acaba.Ai eu digo: fazer televisão é fácil! Que venha a TV digital! Com que conteúdo? Estes?!!!