sábado, 8 de agosto de 2009

HDTV

A HDTV (Televisão de Alta Definição) tem como característica principal a alta definição, definida como formato de imagem 1920 x 1080. Ela dá aos telespectadores não somente a percepção de melhor qualidade das imagens de alta definição, como também une forte sensação de beleza, realidade, profundidade e presença. Tudo porque ela foi desenvolvida baseada em estudos de longo prazo das características da percepção humana.
Além disso, o áudio multicanal de alta qualidade associado à imagem em HDTV, cria para os telespectadores um clima de proximidade e presença.

O objetivo básico era criar um sistema que desse a sensação de "estar lá" - o telespectador se sentiria como se estivesse realmente presente ao estádio, por exemplo, para assistir a um evento esportivo. Para alcançar este objetivo, por meio de uma série de testes visuais e psicológicos, foram investigadas questões como "qual o tamanho de tela necessário?", "qual é a relação de aspecto ótima para a tela?" e "qual é a melhor distância da tela para se assistir televisão?".

Os resultados desses estudos mostraram que a HDTV necessitaria de um ângulo de visada vertical de 20 graus, de um ângulo de visada horizontal de 30 graus, de uma distância da tela de 3 vezes a altura da tela e de cerca de 1000 linhas. Os estudos mostraram ainda que uma freqüência de campo de 60 Hz permitiria que as imagens fossem reproduzidas suavemente e sem cintilação.

A Philips acaba de lançar a TV Cinema 21x9 que oferece uma qualidade de imagem ímpar, ao mesmo tempo em que contempla os cinéfilos com as dimensões de tela equivalentes à usada pelas últimas superproduções. A TVS de alta definição tem proporção de 16x9. Filmes em cinemascope - o padrão de tela criado quando se filma com câmeras Panaflex - tem uma proporção diferente de tela, de 21x9. Isso na prática garante uma resolução de 2560 linhas, o que não deixa a imagem com aspecto estranho quando o filme é no formato cinemascope. É um produto de alto luxo, destinado a cinéfilos perfeccionistas.

Imagine agora que a mesma NHK, que pesquisou a HDTV, está pesquisando a Super HDTV com resolução de 4096 linhas e ainda há pesquisas para a UltraHDTV com resolução de 7680 x 4320, 33 Mega pixel e tudo isso com áudio surround 22.2. Isto tudo é para assistir o que?!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Equipamentos de medição


Um tipo de equipamento muito importante, mas que sempre é deixado de lado, é o equipamento de medição.
A utilização fixa de um waveform e de um vectorscope, não precisa ser necessariamente rígida. O técnico da casa deve ter um par destes instrumentos para poder realizar a análise e aferição de todo o sistema projetado e montado.
Eles permitem verificar se todas os ganhos, ajustes, terminações e outros estão corretos.
A falta de uma terminação ou uma dupla terminação pode afetar toda a qualidade da imagem. Ela pode ter um branco estourado ou imagem escura.
Apesar de parecer ser um equipamento analógico que está cm seu fim programado, não devemos esquecer que a transmissão digital demorará algum tempo para ser onipresente, bem como ela irá coexistir nos dois mundos, pois toda a produção pode ser feitas no padrão analógico e só na transmissão ser convertido ( upscaling).
Muitos programas de edição não linear possuem um módulo ou plugin que simulam estes equipamentos.
Veja abaixo as informações que eles podem nos fornecer:



Wave-form: Sinal de Luminância




Vector- scope: Fase das cores




terça-feira, 4 de agosto de 2009

Montando uma rede Tapeless


Visando melhorias no nosso sistema de trabalho, em conseqüência do envelhecimento dos videotapes e a substituição do material analógico pelo digital, começamos a preparar a transição. Começamos a mudar o fluxo de trabalho.
Os VTs no formato D9 e SVHS foram substituídos pelos equipamentos em miniDV. Como a exibição já estava digital no formato MPEG2, adotamos as ilhas de edição não linear para iniciar o processo.
O processo de ingest ainda é feito por fitas, mas as matérias preparadas e as vinhetas dos programas ao vivo, continuavam a ser exportados para as fitas.
Resolvemos esta questão em etapas. A primeira foi instalar um equipamento Soloist da Adtec. Ele é um player em MPEG2. Assim as ilhas de edição exportam diretamente pra o Soloist, sendo a transferência feita por uma rede ethernet.
A segunda fase, que estamos implantando, vai se utilizar dos gravadores digitais que serão utilizados junto as camcorders e como a unidade gravadora de nossas unidades móveis ( caminhão e robozinho).
Assim necessitaremos de uma atualização operacional dos operadores de câmera, o que permitirá as equipes de externas trazerem o material gravados nas HDs ( harddisks), sem a necessidade do processo de captura clássico.
O uso de fitas ficará restrito, nos próximos meses, a função de backup até que todos os operadores se habituem com o novo processo.
O desafio futuro é a implementação de um servidor de vídeo para substituir o nosso backup por meio de DVD.

domingo, 2 de agosto de 2009

Você me escuta?

Seja em que emissora de TV for, o ponto eletrônico é um meio invisível de comunicação entre quem comanda uma atração dos bastidores e quem se encontra diante das câmeras. Em programas ao vivo, ele serve para avisar o apresentador sobre a entrada de merchandisings ou de um intervalo comercial, ou até para cortar uma entrevista quando ela se torna enfadonha. Os apresentadores e jornalistas usam o que chamamos de memória de trabalho. As informações que vêm do ponto eletrônico são armazenadas enquanto eles fazem outra coisa. Na seqüência colocam em prática o que foi pedido. Usar bem o ponto é saber deslocar a atenção de uma coisa para outra com rapidez, sem precisar parar o que está fazendo. O ponto eletrônico está presente na maioria das atrações televisivas.
Você consegue manter a atenção, falando sobre um assunto, enquanto outra pessoa fica falando em seu ouvido? Você me escuta?
O ponto é utilizado em diversas ocasiões. Nas produtoras e emissoras de TV mexicanas, por exemplo, todos os atores utilizam-se dele para que não haja erros por falha de memória. No Brasil, alguns atores famosos se utilizam dele.
Você já ouviu algum apresentador reclamar ou interagir com “a voz do além” ou “ a voz que vem de cima”. Alguns apresentadores de telejornal diversas vezes se irritam e retiram o ponto durante uma matéria.
Há diversos modelos a disposição. O Ponto Eletrônico Intra-Canal é um mini receptor indutivo alojado dentro do Canal Auditivo. Seu processo de confecção e todo artesanal e é de uso exclusivo.


O Ponto Eletrônico Retro Auricular, é um aparelho utilizado atrás da orelha, com colocação de um tele-molde ou adaptadores Intra-canal, oferece grande qualidade ao usuário. Somente o adaptador é individual.
Há também o Ponto Eletrônico de Rádio Freqüência em VHF, na faixa de 150 MHz a 250 MHz. Utilizados em locais de baixo nível de ruído. Ideal para estúdios de jornalismo e programas de Talk Show. Para Externas que necessitam de um maior alcance, utiliza-se um Sistema de Ponto Eletrônico de Longa distância. Eles utilizam Rádios de Longa distância em VHF.
O Sistema de ponto eletrônico é baseado em um amplificador de potência que em conjunto com sua bobina indutiva cria um campo magnético. Este sinal magnético é captado pelos receptores indutivos, ou Pontos Eletrônicos Indutivos. Assim sempre é possível escutar um zumbido, bem baixinho, parecido com o de um walkie-talkie. O ponto não é silencioso. Tem um chiado constante. Se houver problemas na instalação pode-se ouvir uma estação de rádio, que interfere no sinal do ponto. Imagina como isto atrapalha quem está usando.
Alguns preferem que os assistentes e diretores de palco usem os pontos e passem as informações para o apresentador com gestos e dálias (cartolinas com avisos).
É questão de se acostumar e agüentar quem está do outro lado berrando, as vezes.