quinta-feira, 16 de julho de 2009

Unidade portátil de gravação ou Robozinho

Em muitas ocasiões, para a gravação de uma entrevista mais elaborada, a gravação de um pequeno show, onde haja a necessidade gravar/ enfocar muitos elementos em cena, é utilizado uma Unidade de externa, não um veículo especializado, mas o que chamo de unidade portátil de gravação ou produção, por muitas vezes chamado de robozinho.
Esta unidade é capaz de receber pelo menos 3 sinais de câmera, muitas vezes camcorders e é operada por um diretor de imagens.
Esta unidade não utiliza um gerador de caracteres, pois o material é gravado e posteriormente será editado em uma ilha de edição, onde receberá o tratamento gráfico. Ela tem um equipamento de áudio capaz de receber alguns microfones e de receber um sinal retirado de uma mesa de áudio maior ou de um PA, no caso de um show (esta mandada precisa ter sua qualidade controlada pela equipe).
Este sistema pode ser montado dentro da própria emissora ou adquirido no mercado. Neste temos a opção de compra de um Tricaster da NewTek ou ainda das soluções oferecidas pela Data Vídeo com suas versões SM600, 800 ou 1000. .





O mais interessante no equipamento SM1000 é a presença de um sistema de Tally ( indicador da câmera selecionada) e a do intercom, para a conversa entre os operadores. O material é gravado em gravadores digitais que só precisam ser levados depois para a ilha de edição.
Para a garantia das imagens ou para se ter um ângulo diferenciado para os insertes posteriores, as camcorder, normalmente utilizadas nestes casos, podem também gravar o material em suas fitas que devem estar corretamente identificadas.




A Sony ainda oferece o seu sistema AnyCast, onde tudo está centrado em uma pequena maleta.
Ideal para apoiar os trabalhos jornalísticos.
Qualquer que seja a sua escolha, vale lembrar que estamos falando de soluções que tem o seu preço começando em 5000 dólares. Mas dá uma vontade incrível em ter um destes em casa.




quarta-feira, 15 de julho de 2009

Mundo Digital x Realidade

Vou deixar o meu lado técnico de lado neste momento e exercitar o meu papel de radialista formador de opinião.
Neste último mês, vi pela mídia em geral diversos acontecimentos que somados as minhas leituras tecnológicas, me levaram a pensar o quanto a nossa realidade é ou pode ser manipulada por fortes interesses.
Vi a pouco uma entrevista de um ícone do jornalismo mundial, Gay Talese, falar sobre o jornalismo moderno, onde tanto o jornalista quanto a população em geral, vivem presos dentro do mundo dos laptops, sem se levantarem e irem até a janela e ver o mundo real.
Que mundo realmente estamos vendo?
Vemos imagens da revolta de jovens após as eleições no Irã através de imagens geradas por celulares e webcams. A baixa resolução das imagens, onde se é impossível identificar com certeza o cenário e as pessoas, nos levam a desconfiar da veracidade dos fatos. Analisando por este aspecto somente, poderíamos aceitar as imagens do homem na Lua?
Com a popularização mundial do uso das câmeras digitais e os softwares de manipulação, digo edição de imagens como o Photoshop, quem garante a imagem e/ou fato?
Com o desenvolvimento dos ambientes virtuais através de sofisticadas ferramentas de criação em 3D, o nosso velho cromakey só é aceito em apresentações de programas de entretenimento e o que falar das backprojection usadas nos hoje velhos filmes de cinema?
Já pensei diversas vezes em destruir o meu DVD do Flash Gordon, só não os destruí por causa da trilha do Queen.
O uso destes novos recursos ainda se concentram em atividades de entretenimento como jogos em realidade 3D ou programas de TV como a minissérie Maysa da Globo ou em novelas.
Estará em votação a reforma eleitoral que prevê o uso da internet como ferramenta de divulgação. Será que não serão criadas realidades virtuais que possam favorecer determinadas ideologias?
Deu tilt na minha cabeça. Acho que vou parar e ir assistir o novo Exterminador do Futuro e depois ficar esperando a imagem do retorno do homem a Lua em 2020.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Gravando com lapela

Em minhas andanças de manutenção, sempre vou encontrando as “ falhas técnicas” por aí.
Fui resolver um problema de sistema e me deparei com um problema de áudio em um programa ao vivo. Os técnicos do Headend não conseguiam equilibrar o áudio que era entregue para a modulação. Apesar dos muitos ajustes do compressor, não conseguiam ajustar a qualidade do áudio e o cliente só reclamava.
Fui analisar o programa e descobri que no pequeno estúdio, haviam três microfones de lapela abertos e mal posicionados nos apresentadores.
Conversando com os operadores, descobri que o controle de trim ( ganho de entrada) da mesa de áudio, estava muito alto, assim os faders individuais e o do máster estavam sendo subutilizados, muito baixos. Desta maneira, toda vez que os apresentadores se entusiasmavam, ocorria um over no canal, que era compensado no fader e não no trim.
Estavam tentando tirar este erro, no compressor antes da modulação do sinal.
Deve-se sempre observar que a operação com microfones de lapela, geralmente omnidirecionais, exige uma atenção especial. Se for um programa jornalístico, onde o tom de voz sempre é moderado, o ganho de trim exige menos cuidado, pois o vazamento entre eles não é tão crítico. Já em outros, a proximidade dos usuários e a mudança dos tons de voz vão ocasionar diversos problemas de vazamento, além da influência da acústica do ambiente. Assim trabalhamos com um trim moderado e o operador deve estar completamente focado no áudio, não deixando os faders abandonados e de preferência com um bom fone de ouvido ou um bom monitor de áudio.
Outro cuidado a se observar, é que se vc estiver utilizando um lapela que trabalhe com pilhas, por exemplo um Sony da família dos ECM, a carga delas irá influenciar no desempenho do microfone.
Não despreze o áudio. Se apanhamos em fazer um áudio estéreo, imagine quando fizermos um 5.1 ou 7.1 ?