sábado, 25 de julho de 2009

Players

O mercado está ganhando novas versões de Players para exibição de conteúdos em pequenas emissoras de TV a Cabo ou em um novo mercado que está surgindo: a mídia indoor.
Vou emitir a minha opinião de quem já em trabalhando com este tipo de equipamento.
Como fornecedores, nós temos os nacionais: Floripa, Victor do Brasil, 4S e Videomart.
O meu contato com os equipamentos da 4S, se restringiu a demonstrações do exibidor. O que me chamou mais atenção foi a sua ferramenta de trim, que permite selecionar a parte desejada do arquivo a ser exibida. Recurso muito útil quando ocorre travamentos do sistema, afinal todos são baseados em plataforma PC com Windows.
O Digiwave da Floripa é um equipamento robusto, mas não o acho indicado para aplicações que exijam sua operação remota. A interface homem-máquina não me é muito intuitiva. Não senti facilidades na operação diária.
Ambos modelos acima são máquinas que tem uma exibição de boa qualidade, principalmente por exibirem arquivos em AVI, ou seja, sem compressão, apesar de haverem outras versões. Isto implica em arquivos de tamanho elevado, exigindo a transmissão por links dedicados, por causa da banda de transmissão.
O Digispot, da Victor, tem como principal vantagem a sua facilidade de operação, bem intuitiva. Nos canais NET Cidade são usadas na versão em MPEG2. O que ocasiona uma relação custo/benefício bastante atraente, se considerarmos o fato de existirem 32 cidades com exibição controlada remotamente. Há versões disponíveis em formatos de melhor qualidade.
O TVPlay da Videomart , eu só o conheço de catálogo, mas o que me deixa com um pé atrás, é a questão de manutenção e suporte técnico no Brasil, pois é um produto muito novo.
Todas estas máquinas, como são baseadas no windows, são vulneráveis a ameaças e pragas virtuais, o que exige cuidados especiais com segurança.
Deve ser feito um bom estudo sobre a aplicação desejada, a relação custo-benefício, suporte técnico, antes de se definir qual o melhor Player a ser adotado. Este deve ser compatível com a infra-estrutura que gera o conteúdo a ser exibido (ilhas de edição, transporte de mídia, tele-supervisão...).

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Técnica de cinema

Fugindo um pouco do assunto, não resisti de comentar este vídeo do YouTube. Adoro efeitos especiais.


http://www.youtube.com/watch?v=Q9Yj93CHmq0

Há muito tempo a tecnologia ajuda o cinema a criar cenas que seriam impossíveis no mundo real. Mas agora esses recursos já chegaram à propaganda e os jogos eletrônicos, mas eu garanto que poderá ser usado em determinadas produções para a TV. Esta técnica se utiliza de modelos construídos com uma estrutura que mais parece um esqueleto, para que o personagem ganhe movimentos mais realistas. Para as feições dos rostos dos personagens do vídeo em questão, 96 bebês de verdade emprestaram suas feições para as versões digitais. A Rede Globo já utilizou técnica semelhante para fazer os atores surfarem em uma novela das sete.


Veja esta reportagem do Jornal Hoje. O link é este mesmo:


http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1086521-7823-TECNOLOGIA+APLICADA+EM+PUBLICIDADES+FAZ+SUCESSO+NA+INTERNET,00.html

Minha amiga ceguinha

A primeira câmera de TV possuía um tubo de imagem, na realidade eram três, chamados de Satycom ( não me lembro bem se esta é a grafia correta). Ela era uma verdadeira ceguinha. Afinal o vídeo, a imagem, é formado por luz. É assim que começo o curso de iluminação que administro. Depois veio o tubo Plubycom e isto permitiu a ela ir para as ruas e se iluminava o ambiente com os sungun (ou seja, arma de sol; dá para entender como a luz era necessária?).
Veio a captação por CCDs e agora a novíssima tecnologia CMOS. As pequenas câmeras se tornaram populares, estão até em celulares e em canetas espiãs a la 007.
Outro dia, alguém se vangloriava por ter comprado uma câmera que exigia apenas meio lux de iluminação para gravar. Alguém ai sabe como e onde se compra meia vela?
Tudo bem que hoje se faz vídeo para colocar no YouTube, se faz vídeo só para mostrar aos amigos ,com o seu celular, mas se é vídeo, tem que ter luz, tem que ter qualidade ( algo bastante subjetivo), principalmente se desejamos colocar na transmissão de TV.
Quando se faz um making of, aquele vídeo meio documentário que mostra como um trabalho, uma produção televisiva ou mesmo cinematográfica é feito, seu objetivo maior é ajudar a divulgar o que foi feito. Sendo assim, o making of exige as mesmas condições técnicas com que foi realizado o trabalho que se quer divulgar.
Não adianta pegar nossa amiga camcorder ceguinha, ligar o microfone embutido e sair captando as imagens. Qual será a qualidade disto? Não adianta abrir a íris ou dar um ganho eletrônico de +3, +6 ou +9dB. Isto não vai gerar a qualidade exigida e pertinente a este tipo de trabalho.
Lembre-se: ganho eletrônico= ruído. Imagem é luz.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Transtornos digitais

A revolução tecnológica trouxe grandes facilidades, popularizou o vídeo, mas está trazendo alguns transtornos. Estes são devido as inúmeras maneiras de se produzir um material audiovisual. São múltiplas maneiras nem sempre compatíveis entre elas.
Hoje tive buscar uma solução mais barata de camcorder no formato miniDV. Poderia ser até mesma uma da linha doméstica. Não foi fácil encontrar. Os modelos disponíveis são na maioria em formato HD que gravam na compressão AVC e suas variantes, através de cartões de memória.
A compressão AVC trabalha com uma taxa de compressão elevada. Exigindo um processamento maior e isto nos leva a uma CPU superior aos DuoCore, memória RAM de 2GB, HDs com velocidade elevada. A compressão é toda feita via software e não há programas antigos que trabalhem com este codec. Assim a maioria das máquinas não está apta a trabalhar com ele. Não vamos nem falar o preço de um bom pacote do Adobe. O orçamento que recebi foi superior a sete mil reais para o pacote e mais sete mil para o hardware.
Vi um colega comprar uma camcorder desta e se arrepender, pois não sabia como manipular as imagens gravadas, não sabia como, nem tinha dinheiro para comprar uma ilha deste porte.
Voltando aos transtornos, imagine como é trabalhar com o formato MPEG2. Ele não é um formato fechado. É só um modelo matemático que permite N variações de seus parâmetros. Estimasse que haja pelo menos 32 maneiras de se programar sua codificação. Pode-se escolher a taxa de compressão, que irá influenciar no tamanho dos arquivos. Pode se escolher qual a maneira de se transportar o arquivo, aqui o bicho pega.
Então porque não trabalharmos com outros formatos? Muitos deles são ótimos para se trabalhar na internet, para produções não profissionais, mas em se falando de qualidade em Broadcast, ainda é um formato muito aceito. Veja a Sony que trabalha e aposta ainda em equipamentos MPEG2, agora com sua evolução o MPEG2 LongGOP.
Outro transtorno, são as produtoras que estão substituindo a dupla PC-windows pela dupla MAC- FinalCut. Eles sofrem quando precisam exportar seus arquivos para formatos que não sejam o Quicktime. Alias, você sabe por que o player do QT é mais aceito em aplicações profissionais? Porque com ele você tem comandos similares aos comandos de um VT profissional. São ágeis e de fácil procura da cena ou frame.
O grande transtorno é essa integração da informática, da eletrônica de consumo com o mundo broadcast, na procura do mundo anycast.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Canais Comunitários ou Locais.

Os pequenos canais, principalmente os canais denominados Comunitários ou Locais, utilizam-se de uma infra-estrutura bastante enxuta e tem a Tv a cabo como meio de distribuição e transmissão de seu sinal.
Normalmente utiliza-se de um uma mesa máster exibidora bastante modesta. Caracterizado como um seletor de canais para escolher a fonte de vídeo, interligado a um transcoder NTSC para PALM e a um equipamento de transmissão. Este pode ser um Tx de fibra ótica ou um modulador de RF, muitas vezes cedido pela distribuidora de TV a cabo.
O grande problema de se trabalhar com essa estrutura enxuta é a manutenção da qualidade de sinal. Não há uma verba suficiente para se adquirir, por exemplo, aparelhos de monitoração do sinal, como um vectorscope ou waveform, que possam indicar a qualidade técnica do sinal, para que este fique dentro das normas técnicas. Vale lembrar que nos novos receptores e encoders digitais, toda vez que o sinal fica abaixo destes valores, o sinal é substituído por um color bars, o código de barras.
O uso do modulador de RF exige que o prédio, onde está instalado a emissora geradora do sinal, esteja próxima ao Headend ( centro de captação e transmissão) da operadora de TV a cabo, para que se evite a degradação do sinal, pois há que se respeitar os níveis de atenuação e degradação inerentes do cabo de RF. Esta distância não pode ser superior a 200 metros.
Outro agravante é que muitos canais utilizam-se de players domésticos ou de uma linha industrial que tem uma durabilidade curta e se desgastam facilmente com o tempo. Outro problema crítico é a qualidade dos cabos e o uso excessivo de adaptadores nas conexões.
Alguns canais utilizam-se de pequenos estúdios para gerarem algum produto jornalístico, como por exemplo, um simples telejornal ou programa de entrevistas.
Há casos ainda de alguns canais utilizarem-se de uma ilha de edição não linear para poder exibir o conteúdo do canal. Esta ilha é montada em uma sala ou pequeno espaço cedido dentro do próprio Headend da operadora. Há um ganho de qualidade, pois se evita todas as perdas do cabeamento e como o material está num time line, em AVI, a qualidade tende a ser maior. É instalado um plugin no software editor para que o time line seja reproduzido em looping.
O inconveniente disto é o acesso de terceiros as dependências da operadora, principalmente ao seu Headend.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O ombro amigo.

“Eu quero ter um milhão de amigos para poder contar... eu quero ter um milhão de amigos para poder gravar...”
O bom ombro amigo é aquele em que podemos confiar. Podemos relatar os nossos mais profundos segredos, angústias e desejos. Às vezes ficamos trêmulos, nossas mãos deixam de ficar firmes, os nossos músculos ficam tensos, a ansiedade nos toma de assalto, a boca fica seca e os olhos parecem turvos.
Precisamos relaxar, nos concentrar, nos focar, segurar todo esse sentimento incontrolável, afinal nós vamos fazer uma gravação de vídeo e lhe digo que sempre o ombro amigo é a solução. Este ombro amigo é o tripé de sua câmera.
Parece mal ajeitado, incômodo de se levar, ignorado e desprezado por muitos. É mau tratado pelo seu carregador, que o deixa bater em cada canto, em cada quina que ele encontrar pela longa trilha para se chegar no objetivo tão esperado.
Pode confiar. É ele que vai lhe garantir a estabilidade necessária para se obter boas imagens. É ele que vai garantir que o editor não use somente frames daquela tão sacrificante aventura que você realizou para obter as imagens. Imagens, que quem sabe, poderiam lhe permitir melhorar a sua vida.
O seu ombro pode ser comprometido pelas emoções incontidas do momento. O ombro amigo, ao contrário, pode ser comprometido pelos maus tratos que recebe na sua manutenção, no seu uso.Um ombro amigo deve se guardado a sete chaves, bem próximo do peito... e dentro do seu case.

domingo, 19 de julho de 2009

Michael Jackson

Com a perda deste ícone pop da música internacional, nós perdemos um dos criadores e inovadores do vídeoclip.
Antes dele os videoclips eram mal acabados e usam os escassos efeitos especiais. Eram cromakeys toscos, com recortes primitivos e mal iluminados.
Quando Michael convidou diretores de cinema para a concepção e direção dos clips, estes ganharam em grandiosidade, bem como em custos de produção. Foi ele que trouxe os efeitos Morphos para o vídeo, utilizando a técnica e o software criados por James Cameron para o filme Exterminador do Futuro.
Houve uma revolução nos processos de criação, os efeitos óticos antes criados pelos Turnkey ADO ou Mirage, deram lugar a poderosos softwares e seus plugins. O que ele não faria com uma plataforma Inferno?
A linguagem dos vídeos também mudou. Passou a contar pequenas estorinhas, como se fossem pequenos curta-metragens.
O tempo passou e o que vemos hoje são clips onde só se vê muita dança sem graça e com uma forte apelação sensual. Acabaram-se os clips usando animação, como os de Peter Gabriel, os clips com sequências bem gravadas em locações.... estou ficando velho....
Como seria o clip de Michael Jackson, hoje, no século 21?