quarta-feira, 22 de julho de 2009

Transtornos digitais

A revolução tecnológica trouxe grandes facilidades, popularizou o vídeo, mas está trazendo alguns transtornos. Estes são devido as inúmeras maneiras de se produzir um material audiovisual. São múltiplas maneiras nem sempre compatíveis entre elas.
Hoje tive buscar uma solução mais barata de camcorder no formato miniDV. Poderia ser até mesma uma da linha doméstica. Não foi fácil encontrar. Os modelos disponíveis são na maioria em formato HD que gravam na compressão AVC e suas variantes, através de cartões de memória.
A compressão AVC trabalha com uma taxa de compressão elevada. Exigindo um processamento maior e isto nos leva a uma CPU superior aos DuoCore, memória RAM de 2GB, HDs com velocidade elevada. A compressão é toda feita via software e não há programas antigos que trabalhem com este codec. Assim a maioria das máquinas não está apta a trabalhar com ele. Não vamos nem falar o preço de um bom pacote do Adobe. O orçamento que recebi foi superior a sete mil reais para o pacote e mais sete mil para o hardware.
Vi um colega comprar uma camcorder desta e se arrepender, pois não sabia como manipular as imagens gravadas, não sabia como, nem tinha dinheiro para comprar uma ilha deste porte.
Voltando aos transtornos, imagine como é trabalhar com o formato MPEG2. Ele não é um formato fechado. É só um modelo matemático que permite N variações de seus parâmetros. Estimasse que haja pelo menos 32 maneiras de se programar sua codificação. Pode-se escolher a taxa de compressão, que irá influenciar no tamanho dos arquivos. Pode se escolher qual a maneira de se transportar o arquivo, aqui o bicho pega.
Então porque não trabalharmos com outros formatos? Muitos deles são ótimos para se trabalhar na internet, para produções não profissionais, mas em se falando de qualidade em Broadcast, ainda é um formato muito aceito. Veja a Sony que trabalha e aposta ainda em equipamentos MPEG2, agora com sua evolução o MPEG2 LongGOP.
Outro transtorno, são as produtoras que estão substituindo a dupla PC-windows pela dupla MAC- FinalCut. Eles sofrem quando precisam exportar seus arquivos para formatos que não sejam o Quicktime. Alias, você sabe por que o player do QT é mais aceito em aplicações profissionais? Porque com ele você tem comandos similares aos comandos de um VT profissional. São ágeis e de fácil procura da cena ou frame.
O grande transtorno é essa integração da informática, da eletrônica de consumo com o mundo broadcast, na procura do mundo anycast.

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