Vou deixar o meu lado técnico de lado neste momento e exercitar o meu papel de radialista formador de opinião.
Neste último mês, vi pela mídia em geral diversos acontecimentos que somados as minhas leituras tecnológicas, me levaram a pensar o quanto a nossa realidade é ou pode ser manipulada por fortes interesses.
Vi a pouco uma entrevista de um ícone do jornalismo mundial, Gay Talese, falar sobre o jornalismo moderno, onde tanto o jornalista quanto a população em geral, vivem presos dentro do mundo dos laptops, sem se levantarem e irem até a janela e ver o mundo real.
Que mundo realmente estamos vendo?
Vemos imagens da revolta de jovens após as eleições no Irã através de imagens geradas por celulares e webcams. A baixa resolução das imagens, onde se é impossível identificar com certeza o cenário e as pessoas, nos levam a desconfiar da veracidade dos fatos. Analisando por este aspecto somente, poderíamos aceitar as imagens do homem na Lua?
Com a popularização mundial do uso das câmeras digitais e os softwares de manipulação, digo edição de imagens como o Photoshop, quem garante a imagem e/ou fato?
Com o desenvolvimento dos ambientes virtuais através de sofisticadas ferramentas de criação em 3D, o nosso velho cromakey só é aceito em apresentações de programas de entretenimento e o que falar das backprojection usadas nos hoje velhos filmes de cinema?
Já pensei diversas vezes em destruir o meu DVD do Flash Gordon, só não os destruí por causa da trilha do Queen.
O uso destes novos recursos ainda se concentram em atividades de entretenimento como jogos em realidade 3D ou programas de TV como a minissérie Maysa da Globo ou em novelas.
Estará em votação a reforma eleitoral que prevê o uso da internet como ferramenta de divulgação. Será que não serão criadas realidades virtuais que possam favorecer determinadas ideologias?
Deu tilt na minha cabeça. Acho que vou parar e ir assistir o novo Exterminador do Futuro e depois ficar esperando a imagem do retorno do homem a Lua em 2020.